
01 abr Nova tecnologia permite tratar pacientes com câncer avançado de pâncreas
Um método inovador para o tratamento de tumores agressivos, como de pâncreas, começa a ser utilizado no Brasil permitindo mais chance de recuperação para os pacientes. A chamada eletroporação irreversível dá uma espécie de ‘choque’ e ‘isola’ tumores que não são operáveis.
O médico Marcos Belotto explica que o tumor de pâncreas normalmente é descoberto já em estágio avançado e nem sempre é operável pois fica cercado de outros tecidos e vasos sanguíneos.
Com o uso do nano-knife (agulhas que agem diretamente no tumor), o cirurgião tem mais taxa de sucesso para ‘isolar’ e eletroporar o tumor que não é possível ressecar. “As agulhas são posicionadas ao lado do tumor e geram uma onda de alta voltagem e baixo calor que percorre a célula cancerígena, criando nanoporos, que ficam na membrana celular.. É como se o aparelho desse um ‘choque’ e matasse as células sem que o tumor necrose”, explica.
Belotto explica que a técnica permite destruir partes do tumor sem lesionar vasos e outras estruturas nobres. “A nano-knife pode ser usada em pacientes que têm o câncer restrito ao órgão e também em tumores irressecáveis, ou seja, onde o cirurgião não consegue ressecar na cirurgia”, detalha o médico, que diz que a técnica também é ótima para ser usada em paciente com idade avançada e que não aguentariam passar por uma cirurgia convencional para a retirada do tumor.
A tecnologia nano-knife também pode ser usada em pacientes com câncer de fígado que não são passíveis de ressecção cirúrgica. Belotto explica que, com essa nova tecnologia, é possível aumentar o tempo e também a qualidade de vida do paciente.
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