O médico Marcos Belotto utiliza a técnica nano-knife para isolar tumores inoperáveis, como de fígado e de pâncreas, permitindo dar mais qualidade de vida ao paciente oncológico. Essa é uma opção de tratamento para o paciente que até então só podia ter cuidados paliativos.
Esse método inovador para o tratamento de tumores agressivos começou a ser utilizado em 2021 no Brasil e permite mais chance de recuperação dos pacientes. A chamada eletroporação irreversível dá uma espécie de ‘choque’ e ‘isola’ tumores que não são operáveis.
Belotto explica que o tumor de pâncreas normalmente é descoberto já em estágio avançado e nem sempre é operável pois fica cercado de outros tecidos e vasos sanguíneos. Por isso, é uma alternativa para dar mais qualidade de vida ao paciente. Saiba mais como a técnica pode ajudar e em quais casos:
Com o uso do nano-knife (agulhas que agem diretamente no tumor), o cirurgião tem mais taxa de sucesso para ‘isolar’ e eletroporar o tumor que não é possível ressecar. As agulhas são posicionadas ao lado do tumor e geram uma onda de alta voltagem e baixo calor que percorre a célula cancerígena, criando nanoporos, que ficam na membrana celular. É como se o aparelho desse um ‘choque’ e matasse as células sem que o tumor necrose.
Belotto explica que a técnica permite destruir partes do tumor sem lesionar vasos e outras estruturas nobres
A nano-knife pode ser usada em pacientes que têm o câncer restrito ao órgão e também em tumores irressecáveis, ou seja, onde o cirurgião não consegue ressecar na cirurgia.
A técnica é ótima para ser usada em paciente com idade avançada e que não aguentariam passar por uma cirurgia convencional para a retirada do tumor.
A tecnologia nano-knife também pode ser usada em pacientes com câncer de fígado e de pâncreas que não são passíveis de ressecção cirúrgica.
É possível aumentar o tempo e também a qualidade de vida do paciente.