Os seguintes critérios diagnósticos podem auxiliar na detecção deste problema, em adultos: dificuldade de evacuação, fezes ressecadas ou muito duras, sensação de evacuação, sensação de obstrução ano-retal ou bloqueio, manobras manuais para e menos de 3 evacuações por semana.
Em crianças: fezes duras na maioria dos movimentos intestinais em 2 semanas; fezes firmes ao menos 2 vezes por semana; ausência de doença metabólica, endócrina ou estrutural.
Podemos classificá-las de acordo com a causa: motilidade intestinal lenta, dificuldade evacuatória por alteração funcional de assoalho pélvico, reto ou ânus e constipação funcional quando há trânsito normal.
Em adultos: a constipação associa-se a outras doenças e ao uso de muitos medicamentos com propriedades anticolinérgicas, como por exemplo: opioides, antidepressivos, diuréticos, anti-histamínicos, corticosteroides, etc. Em crianças, na maioria das vezes, a causa é funcional.
Para o alívio dos sintomas da constipação intestinal, recomenda-se a ingestão de fibras, ingestão de líquidos, realização de exercícios físicos e diminuição da ansiedade e estresse.
Quase sempre há uma fissura apenas, mas alguns pacientes podem apresentar duas. As fissuras anais são muito comuns em lactentes jovens, mas pode afetar pessoas de qualquer idade.
É importante saber que uma fissura anal geralmente cura espontaneamente em um período de quatro a seis semanas. Se isso não acontecer, o tratamento médico ou a cirurgia podem aliviar o desconforto. Caso não ocorra melhora de 4 a 6 semanas, o paciente deve procurar ajuda médica.
O quadro clínico clássico é uma dor aguda na hora de evacuar, associado a sangramento vivo que suja o vaso sanitário. Isso faz com que os pacientes tenham trauma na hora de evacuar.
• Fissura anal aguda: o “corte” tende a ser superficial, com bordos sem fibrose, normalmente com menor tempo de evolução, geralmente não possui histórico de quadros semelhantes.
• Fissura anal crônica: a ferida torna-se uma úlcera facilmente reconhecível pelo médico especialista, com fibrose e endurecimento dos bordos, plicoma sentinela (pele sobressalente na margem anal), associado a historia de quadros de repetição do mesmo quadro.
• Constipação com fezes endurecidas e com dificuldade para evacuar;
• Diarreia crônica;
• Sexo anal;
• Doenças inflamatórias intestinais.
Muitos especialistas acreditam que a tensão extra nos dois anéis musculares (esfíncteres) que controlam o ânus pode ser uma causa de fissuras. O esfíncter anal externo está sob seu controle consciente. Mas o esfíncter interno não é. Este músculo está sob pressão, ou tensão, a toda a hora. Se a pressão aumentar muito, pode causar espasmo e reduzir o fluxo de sangue para o ânus, causando uma fissura. Essa pressão pode também impedir a ferida de curar.
Inicialmente o tratamento poder ser feito com pomadas que são uma associação de analgésicos com inibidores de canal de cálcio para haver um relaxamento do esfíncter interno e desta forma permitir a cicatrização da fissura.
Associado a isso, é fundamental deixar as fezes amolecidas, isso pode ser feito com uso de grande quantidades de agua, fibras para aumentar bolo fecal, associado a isso se recomenda realizar banho de assento com água morna antes de evacuar, com o intuito de diminuir a dor durante a evacuação.
Em alguns casos quando o tratamento clínico não se obtém sucesso, podemos lançar mão do tratamento com aplicações de toxina botulínica com taxas de sucesso de até 70%.
Nos casos refratários, o tratamento clínico, a cirurgia se impõe tendo uma alta taxa de resposta, de até 90%, aproximadamente.
O tratamento na fase inicial da doença pode ser determinante para o tratamento. Para isso, o paciente deverá seguir as orientações corretamente, desde mudanças alimentares até a utilização de remédios. Em estágios mais avançados ou com reincidência constante dos sintomas pode ser recomendado até uma intervenção cirúrgica no paciente.
A cirurgia sempre foi algo temido pelos pacientes com hemorroidas, devido ao doloroso pós-operatório, mas este quadro vem se modificando e hoje o procedimento cirúrgico se tornou o tratamento mais procurado por quem é acometido com a doença.
Cirurgia clássica (hemorroidectomia) consiste na retirada das veias doentes.
Tópico ou local de pomadas e supositórios.
Desarterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler (THD) – O paciente pode optar por utilizar técnicas mais avançadas, que atuam diretamente no problema, acima da linha pectínea (transição da região externa para interna do canal anal). Este procedimento gera uma recuperação mais rápida, com menos dor e um retorno mais rápido às atividades habituais.
A cirurgia é indicada apenas para uma pequena parcela da população que possui a doença.
O diagnóstico precoce da doença permitirá uma orientação e um tratamento correto. Desta forma os pacientes podem conseguir evitar a operação. Por isso, é recomendado sempre procurar um médico especialista.
Muitas vezes surge durante a noite, com o calor da cama ou após a defecação. Existem diversos fatores responsáveis, como a limpeza excessiva da região anal, a umidade desta área, como acontece em resultado de sudorese ou de fezes líquidas e irritantes.
Algumas bebidas também podem ser responsáveis por esse tipo de coceira (cerveja, leite, sucos de frutas ácidos, café, coca-cola, chá preto), assim como alguns alimentos (chocolate, tomates, ameixas).
Existem ainda outras causas como hemorroidas, fissuras, infecções anais, alergias locais, eczemas, dermatites e parasitas. A parasitose mais comum é a oxiuriase, causada pelo verme Oxyurus vermicularis. Essa verminose é adquirida pela chegada desse parasita ao aparelho digestivo através da ingestão de seus ovos. No intestino as larvas se tornam adultas, migram para o colón e reto. De noite as fêmeas saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal. Algumas dicas simples podem ajudar a aliviar os sintomas, como: evitar coceira constante para prevenir lesões, evitar umidade nesta área, sempre utilizar apenas a medicação indicada pelo seu médico, evitar as bebidas e os alimentos que podem desencadear a coceira e tratar as possíveis doenças proctológicas causadoras do quadro.