Pâncreas

O pâncreas e um órgão situado atrás do estômago, perto da coluna lombar. Suas funções podem ser dividas em duas partes: 

Endócrinas: hormônios que controlam a glicemia (açúcar) no sangue como a insulina e o glucagon. 

 

Exócrina: se secretam enzimas que ajudam na digestão.

Pancreatite Aguda

O termo pancreatite aguda refere-se à inflamação aguda do pâncreas. Os pacientes que apresentam essa patologia, geralmente possuem um quadro agudo de dor na parte alta do abdômen, que pode se irradiar para as costas, associado a náuseas e vômitos.

 A P.A é considerada leve quando não possui acometimentos de outros órgãos (em torno de 70 % dos casos). Porém em 30% são formas graves que necessitam de internação em Unidades de Terapia Intensiva. Além disso, cerca de 25% destes pacientes acabam indo a óbito. Desta forma a correta avaliação da pancreatite é fundamental para o seu correto tratamento.

 

O diagnóstico de Pancreatite Aguda deve ter alguns critérios:

 

  • História clínica do paciente;
  • Exames laboratoriais, alterado em ao menos 3 vezes o normal (amilase e/ou lipase);
  • Exames de imagem mostrando alterações no pâncreas, compatível com pancreatite.

O tratamento varia de acordo com os casos, indo desde jejuns e hidratação, até formas mais severas que necessitam de cuidados intensivos e em alguns casos de cirurgia.

 

É fundamental estabelecermos a causa da pancreatite aguda, para desta forma podermos atuar na sua causa, evitando assim que ocorram novos surtos.

 

Felizmente hoje, graças aos profundos conhecimentos da fisiopatologia da pancreatite aguda, cada vez mais conseguimos estabelecer a causa da doença e desta forma o seu correto tratamento.

Pancreatite Crônica

É uma inflamação crônica do pâncreas, que leva a destruição progressiva do órgão, com perda das suas funções principais na digestão e absorção dos alimentos, bem como a incapacidade de produção de insulina.

 A insulina é um hormônio necessário ao controle dos níveis de glicose no sangue e a sua falta leva ao aparecimento de diabetes. Na maioria das vezes é consequência do alcoolismo, porém pode ser decorrente também de fatores genéticos.

 

A apresentação desta doença é muito variada, desde ser quase assintomática nas fases iniciais ou mesmo mais avançadas, ou até apresentar sintomas muito exuberante nas manifestações.

 

As manifestações clássicas são: a dor, sintomas relacionados com a digestão e absorção deficiente dos alimentos e as manifestações hormonais. O tratamento, na maioria das vezes, é clínico. Quando este se torna refratário, o tratamento cirúrgico se impõe.