08 dez Estimativas do INCA alertam: prevenção dos cânceres de fígado e pâncreas devem ser prioridade
Na recente publicação “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) incluiu, pela primeira vez, os cânceres de fígado e de pâncreas na lista de 21 tumores estudados, visando o triênio 2023-2025, depois de acompanhar o crescimento dos casos e da mortalidade de pacientes com essas doenças.
Alguns dados divulgados: nos últimos 25 anos, a taxa bruta de mortalidade do câncer de pâncreas subiu de 2,4 (em cada 100 mil habitantes) para 5,7 e do câncer de fígado subiu de 2,8 (em cada 100 mil habitantes) para 5,9.
Entre as mulheres brasileiras, câncer de pâncreas é o 5º em mortalidade oncológica, em números brutos. Nas regiões Sul e Sudeste do país, a situação é pior: é o 4º tipo de tumor que mais mata.
O câncer de fígado também está entre os mais incidentes no país. Nas regiões Norte e Nordeste ocupa o 4º lugar em causa de morte. Entre os homens é o 10º tipo de câncer mais frequente e entre as mulheres é o 14º.
De acordo com o INCA esses dois tipos de câncer são um problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base em estimativas mundiais. O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte, relacionado a infecções e doenças hepáticas crônicas e o câncer de pâncreas, por sua vez, é um dos mais incidentes na região Sul, sendo a obesidade e o tabagismo os dois principais fatores de risco para a doença.
O estudo traz um importante alerta, que sempre enfatizo por aqui: é preciso que tanto a população quanto o profissional de saúde priorizem o combate à obesidade e ao sedentarismo e a prevenção de doenças que atingem esses órgãos, como no caso do fígado, as hepatites virais e o acúmulo de gordura. Fundamental também é uma investigação ativa por parte do especialista, para rastrear esses cânceres silenciosos e detectá-los a tempo de tratamento e possível cura.
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