06 set Câncer de Pâncreas: Cada caso é um caso
Em alguns congressos dos quais participei sobre câncer de pâncreas, um tema abordado de forma recorrente foi a necessidade de realizar a retirada de linfonodos, ou seja, dos gânglios linfáticos – pequenas estruturas que filtram as substâncias nocivas do organismo – e também dos nervos na região do órgão, para eliminar o tumor. Quando analisamos trabalhos de cirurgiões que fizeram esse tipo de procedimento, notamos que o índice de volta do tumor foi muito menor do que nos casos em que isso não foi feito.
Isso quer dizer que se o paciente tem um tumor neuroendócrino o tipo de cirurgia é um, mas, se apresentar um tumor do tipo adenocarcinoma (tumor que representa 90% dos diagnósticos), o tipo de procedimento deve se outro mesmo se estiverem localizados na mesma região.
Entra aqui a velha frase “cada caso é um caso” e é fundamental entender que, apesar de estarmos falando de dois tumores localizados no mesmo órgão, o tratamento cirúrgico deve ser completamente diferente.
Por isso, ao ter o diagnóstico em mãos, não compare com o que já ouviu falar ou viu na família ou com amigos, ouça o especialista, pois nossa visão inclui o paciente, suas comorbidades, seu histórico de saúde, o tipo de tumor que desenvolveu e as melhores alternativas especialmente para o caso dele.
Sem comentários