17 nov Câncer colorretal; cirurgia é indicada?
Fiz uma pesquisa em parceria com as especialistas Jéssica Ribeiro Gomes e Renata D’Alpino Peixoto e neste artigo reunimos estudos de diversos países que destacam o benefício da cirurgia aliada à quimioterapia, mesmo em fase avançada da doença.
O estudo faz uma revisão da literatura nos últimos dez anos, mostra as mudanças no tratamento ao longo desse período e destaca que a taxa de sobrevivência vem melhorando. Antigamente, o tratamento para o paciente que apresentava tumor de cólon com metástase no rim, por exemplo, era apenas a quimioterapia. Hoje em dia com a evolução da técnica cirúrgica, conseguimos aumentar as chances de cura, mesmo em estágios mais graves.
A seleção cuidadosa dos pacientes é a chave para obtenção dos melhores resultados. O estudo avalia o papel da cirurgia nos locais incomuns de metástase de câncer colorretal, especialmente adrenal, ovariano e retroperitôneo. A intervenção cirúrgica é uma alternativa eficaz nos casos em que é possível retirar o tumor completamente.
Apesar de a pesquisa mostrar o benefício da cirurgia, no Brasil, a maioria dos centros oncológicos ainda utiliza apenas a quimioterapia.
O câncer colorretal é um dos mais frequentes em todo o mundo. Nos Estados Unidos, ele representa 8% do total de casos de câncer no país, sendo o quarto tipo mais comum. No país, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para este ano, é o aparecimento de 34.280 novos casos da doença.
Esse tipo de câncer é o segundo mais prevalente em mulheres e o terceiro em homens. A doença é silenciosa e os sintomas, geralmente, aparecem quando o estado já está avançado. O rastreamento de lesão suspeita ou pólipos (tumor benigno que pode se transformar em câncer em 5 a 7 anos) é fundamental a partir dos 50 anos. A colonoscopia é um dos exames que detecta precocemente os tumores que agridem o cólon e o reto. A conscientização é um fator importante para a redução das mortes provocadas pelo câncer de intestino. Fica o alerta!
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